um-ponto-de-fuga-banner

segunda-feira, 30 de maio de 2005

Quando a capa sugere o conteúdo!

Image hosted by Photobucket.com

A Reliogisidade como Infância da Maturidade

A religião, quando tentamos determinar o seu lugar na história da evolução humana, não nos surge como uma aquisição duradoura, mas como a vertente da neurose pela qual o homem tem inevitavelmente de passar ao longo do caminho que o conduz da infância à maturidade.(...) No que diz respeito à protecção prometida pela religião aos seus adeptos, penso que nenhum de vós consentiria em subir para um automóvel cujo condutor declarasse não querer incomodar-se com as determinações que regulamentam a circulação para obedecer apenas aos ímpetos exaltantes da sua própria fantasia.
Sigmund Freud, in As Palavras de Freud

domingo, 29 de maio de 2005

Detesto o 1º Álbum de White Stripes

Image hosted by Photobucket.com

Porquê? Porque não nasci no fim dos anos 70, nem acredito que o rock se recicla ciclicamente, com resultados de inabalável repetição num reiterado desejo de retro-rock, em que o passado é revisitado sem novas roupagens. Claro que há pessoas que calcorreiam estantes da Fnac no desejo de comprar um número mínimo de álbuns por mês/semana, numa de "isto são as tendências, há que estar up-to-date por mais irrelevantes que sejam".
Aqui aprofunda-se a questão:
MAYBE it's time to retire the term "retro-rock." Not because it doesn't fit but because it fits too much too well - it's becoming redundant. These days, rock tends to be retro by default, whether on the pop charts or on MP3 blogs. The million-selling Las Vegas band the Killers became a mainstream sensation by reviving the sound of 1980's new wave, while the beloved Scottish cult band Bloc Party became an underground sensation by . . . well, by reviving a different strand of 1980's new wave. From Gap commercials (where you can find the 18-year-old Joss Stone belting out the half-century-old "Night Time Is the Right Time") to indie record shops, rock 'n' roll nostalgia is everywhere. A young listener might well wonder what other kind of rock 'n' roll there is, and an older one might find that a surprisingly difficult question to answer.

Only a few years ago, it was a mild shock to hear so many young bands sounding so old-fashioned. In 2001, when the Strokes released their galvanizing debut album, the garage-rock boom seemed like a sharp (and sometimes shrill) reaction to a mutating musical world. The Strokes' retro juggernaut was a strike against turntables and keyboards, rap-rock and electronica. And if the band sounded a bit like their favorite late-1970's punk forebears, that was part of the point: they were digging in their heels.

sexta-feira, 27 de maio de 2005

Anacrónico!

Image hosted by Photobucket.com

Foi em 1958, que o pavilhão Philips foi construído para a feira de Bruxelas, estrutura de carácter não perene, de enfoque no audiovisual, que seria desmantelada posteriormente, fica na memória (ou não) pelo edifício de Le Corbusier (em conjunto com Arquiteto/Músico Grego Xenakis), elaborado no fim da sua vida, que menos atenção merece por parte dos Arquitetos.
Como a maioria dos edifícios de Le Corbusier, o contraste com a envolvente é anacrónico, as roupagens 50´s são um espelho antónimo do edifício, falta aqui o habitual carrinho, o espírito da máquina, que confere o ar de modernidade as obras de Le Corb!

quinta-feira, 26 de maio de 2005

Terrorist Activity

Image hosted by Photobucket.com

terça-feira, 24 de maio de 2005

Se7en

Image hosted by Photobucket.com

Produção trampolim para a carreira de David Fincher, que se transformou também num dos filmes de Culto dos anos 90. Contra-óbvio e com desfecho de murro no estômago, imagem de marca que grassa na maioria dos filmes de Fincher, tem aqui a encarnação mais sórdida e bem conseguida. A película é de forma pouco óbvia uma crítica contemporânea, à apatia do individuo moderno, da sua vida de plateia e nunca de palco, na indiferença generalizada em relação ao horror ubíquo transmitido pelos media como semblante do Mundo.
O filme é embebido de um tal espírito inusitado, que tudo no seu ambiente parece suscitar um aura de negativismo imanente; as cidades são anónimas, despersonalizadas, num limbo ainda mundo e habitável, de um feio intencional onde as pessoas suportam, atrofiam e resignam-se a uma vida de vã esperança.
Neste conto, a história gira em torno de um assassino em série, que comete um conjunto deplorável de homicídios, baseados nos sete pecados mortais, uma espécie de contra-herói culto, que solto na multidão, tenta expiar os seus pecados e os dos seus semelhantes, esta obsessão, por ironia do destino, irá-o transformar no algoz de si próprio, de forma brilhantemente premeditada. O Fim, não se conta.
O que o demarca dos restantes e por possível comparação:
Algo ética e artisticamente superior a O Silêncio dos Inocentes, que recusa explorar o sofrimento para fins cómicos ou recreativos, e noz faz perguntar em que mundo estamos a viver.
Steven Jay Schneider, 1001 FILMES; Para Ver Antes De Morrer
Notas dignas de registo, o filme inicialmente tinha um final muito mais trágico, que o público da ante-estreia chumbou. O filme foi escrito por um caixa da Tower Records (Andrew Kevin Walker) que por sorte foi notado por Fincher.
O filme é para ver e rever, redundante é escrever mais sobre ele.

segunda-feira, 23 de maio de 2005

O Asco da Imprensa

É impossível percorrer uma qualquer gazeta, seja de que dia for, ou de que mês, ou de que ano, sem aí encontrar, em cada linha, os sinais da perversidade humana mais espantosa, ao mesmo tempo que as presunções mais surpreendentes de probidade, de bondade, de caridade, a as afirmações mais descaradas, relativas ao progresso e à civilização.
Qualquer jornal, da primeira linha à última, não passa de um tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, impudicícias, torturas, crimes dos príncipes, crimes das nações, crimes dos particulares, uma embriaguez de atrocidade universal.
E é com este repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de todas as manhãs. Tudo, neste mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o rosto do homem.
Não compreendo que uma mão pura possa tocar num jornal sem uma convulsão de asco.
Charles Baudelaire, in Diário Íntimo

Desenhos da Natureza

Image hosted by Photobucket.com

Visto aqui Quase em Português

domingo, 22 de maio de 2005

Media Blogs!

Image hosted by Photobucket.com

sábado, 21 de maio de 2005

The Green House - Skoglund´s

Image hosted by Photobucket.com

Celluloid e Cenografia? O trabalho de Skoglund´s é ambivalente e transpõe o despotismo do real, propalado por muitos fotógrafos do classicismo moderno.
Desde os anos 80, que aumentou por parte dos fotógrafos, um desejo de customizar as próprias fotos, conscientemente seguindo o trilho da Publicidade e do Hiper-realismo.
Não procurando os temas no mundo real, eles inventam novos mundos pictóricos, "fotografia de cenário".

Efeméride Walter Gropius

Image hosted by Photobucket.com

Pois, já não é dia 18, portanto é uma efeméride com moratória, nasceu no dia 18 de maio de 1883, o Arquiteto alemão Walter Gropius. Gropius acreditava que todo o desenho deveria ser funcional e esteticamente agradável, as suas teorias do binómio Forma/Função tornaram-se na bases da fundação da Bauhaus, que transformou a Arquitetura do sec: XX.
Walter Gropius was a German architect and art educator who founded the Bauhaus, which became a dominant force in architecture and the applied arts in the 20th century. His main theory was that all design should be functional as well as aesthetically-pleasing.

The Bauhaus school of design attracted artists in many disciplines, including painters Paul Klee and Wassily Kandinsky, graphic artist Käthe Kollwitz and expressionist art groups such as Die Brücke and Der Blaue Reiter. The school pioneered a functional, severely simple architectural style, featuring the elimination of surface decoration and extensive use of glass. Gropius resigned as the school's director in 1928 to return to private practice. Ludwig Mies van der Rohe followed as the next director.

Although Gropius is best known for the Bauhaus style, his architectural reputation was first established when, working with Adolph Meyer, he designed the Fagus Works (1910-1911) and the office building for the Werkbund exhibition in Cologne (1914).

Opposed to the Nazi regime, Gropius left Germany secretly in 1934. After several years in England, he joined the architecture faculty of Harvard University where he introduced Bauhaus concepts and design principles, including teamwork, standardization and prefabrication, to a generation of American architects.

Between 1938 to 1941, Gropius worked on a series of houses with Marcel Breuer before forming the Architects Collaborative in 1945. Among their commissions were the Harvard Graduate Center (1946), the U.S. Embassy in Athens and the University of Baghdad. One of his later designs, in collaboration with Pietro Belluschi, was the Pam Am Building (now the Metropolitan Life Building) in New York City.



sexta-feira, 20 de maio de 2005

Omissão Significativa!

Image hosted by Photobucket.com

Este efeito verifica-se quando se omite o objeto significativo, que pela falta confere maior significado ou por ele não ser necessária à sua compreensão, podendo ser facilmente substituída por outra coisa.
No exemplo, a parede do campanário da igreja substitui a cruz, embora a sua presença seja induzida pela posição das mãos.

Conteúdo Teórico extraído do Gordon Cullen, Paisagem Urbana

Greg Minnar

Image hosted by Photobucket.com

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Tentar

Não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não tentar.
Francis Bacon

Nem por isso!

Não conheço Lisboa na integra, para dar uma opinião que atenda ao todo sem marginalizar uma parte... mas a Rua Guerra Junqueiro (Alameda), principalmente na hora de almoço, é um hino a beleza feminina. E este facto per si, até torna o meu estágio como Arquiteto, minimamente suportável, ganho mal, no entanto sou ressarcido.

quarta-feira, 18 de maio de 2005

O assunto previsível! #2

É curial falar de vermelho, após o desaire do Sporting de hoje, mas em termos estatísticos parece que há elementos exteriores ao futebol, que jogam fora dos lotes dos convocados, relembrando a campanha do Benfica nos últimos anos, todos estes argumentos caem por terra perante as melhores estatísticas, porém, há quem enfatize a questão com números:
Russell Hill and Robert Barton of Durham University in the UK tracked success in four Olympic sports: boxing, taekwondo, Greco-Roman wrestling and freestyle wrestling. In these sports athletes do not wear national colours, but are randomly assigned either red or blue. Of 441 bouts, reds won 242 and in all four sports reds triumphed in more contests. And the red advantage was higher in close encounters: 62 per cent of red-garbed competitors won these. But in pushover contests there were similar numbers of red and blue winners. "If you're rubbish, a red shirt won't stop you from losing," Barton says.
The same is true in soccer. Five teams in the Euro 2004 competition who had predominantly red in one of their two kits all did significantly better while wearing red, scoring around one extra goal per game.
Such effects could be due to instinctive behaviour, says Barton. In animal displays red in particular seems to vary with dominance and testosterone levels. Human competitors might experience a testosterone surge while wearing the colour, he says, or feel submissive when facing a scarlet opponent.

terça-feira, 17 de maio de 2005

Deflexão

Image hosted by Photobucket.com

A deflexão acontece, quando um eixo de uma rua ortogonal, não é perpendicular a uma fachada na convergência do centro perspético. Este desfasamento, cria a expectativa de que há algo na rua a seguir, que cria esta oscilação. Este espaço criado não se vê, mas sente-se que deve existir na parte oculta pelo edifício.

Conteúdo Teórico extraído do Gordon Cullen, Paisagem Urbana

domingo, 15 de maio de 2005

Steve Peat Wins World Cup Downhill Vigo

Image hosted by Photobucket.com

Mais uma Vitória, a somar a tantas do invejável corredor da Orange, que após ter desfeito dúvidas em relação ao reinado do DownTown, volta a triunfar de forma indiscutível no início de época 2005, seguido de perto por Greeg Minnar, vencedor 2003 do Worl Cup UCI.
The 2005 UCI Mountain Bike Downhill World Cup kicked off this weekend on the Atlantic coast of Spain, on the outskirts of the city of Vigo, in front of an estimated 25,000 spectators. The Downhill race today saw Greg Minnaar (RSA) take the podium with a strong 2nd place finish, and young newcomer to the team Matti Lehikoinen (FIN) finishing an impressive 7th, just 0.3 seconds off the podium.
Vigo is a new venue for the World Cup circuit and the course proved to be very popular among the top riders who found the roughly two and half minutes of trail, just a few kilometers from the city centre, to be an excellent mix of speed and technical terrain. Known for mixed weather at this time of the year, and after a week of rain prior to the event, the training in Vigo took place in near perfect conditions. Timed training on Saturday saw Greg with the 3rd fastest time and Matti 4th, and this was to set the tone for the semi final today.
Today saw the return of the rain in the morning and a change in the course. Due to the slippery conditions the race officials eliminated a large rocky section that had already caused World Champion Fabien Barel to crash in training earlier in the week. The riders then by-passed this section, which slowed them by a few seconds but otherwise the course was ideal for racing, as the sun came out later in the day.
The first race of the season is always difficult, as the riders don't always know where they stand with their main opponents, both in physical and technical preparation. With a month until Round 2 in Germany, the main goal for both Greg and Matti was to score solid points and get the World Cup campaign off to a smooth start. With 50 points up for grabs in the semi final both riders went for solid runs. Greg finished 3rd with a time of 2min 36.303s, and amazingly, Matti finished just 1/1000th of a second behind Greg with 2min 36.304s, for a 4th place. This gave both riders strong points and set the scene for the final.
For the final the course had dried out even more and both riders opted for dry tyres despite Matti having used semi-mud tyres for the semi final race. Matti finished the final with a strong time of 2min 33.492s taking nearly 3 seconds off his morning time. Greg then came down the course and took Sam Hill, 2004 World Cup 2nd placed rider, out of the hot seat with the fastest time of the day at 2min 28.668s. The time wasn't beaten by the next rider Mick Hannah however 2004 World Cup Champion Steve Peat once again showed how strong he could be at the start of the season with an impressive 2min 25.791s. This meant that Greg's 2nd in the final, and his 3rd in the semi final, secured him a strong 2nd overall in the Series thus far. Matti's 4th in the semi final, and his eventual 7th in the final, means that he now stands 6th in the World Cup overall, his best ever standing in the series.

Results:

1 Steve Peat (Team Orange)

2 Greg Minnaar (Team G Cross Honda)

3 Sam Hill (Iron Horse Mad Catz)

4 Mick Hannah (Haro Bikes)

5 Nathan Rennie (Santa Cruz Syndicate)

sábado, 14 de maio de 2005

The Top 100 Albums of the Decade's First Half

Interessante lista na pitchfork, Radiohead aparecem referenciados três vezes, fora os U2, não conheço grupos músicas que tenha sobrevivido duas décadas com tanto fervor.

Loucura

Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra...
Friedrich Wilhelm Nietzsche, in Ecce Homo

Lego Music

Image hosted by Photobucket.com


Porque é que são necessários? Desenvolvimento da Inteligência espacial, devido à prática reiterada e às ínfimas combinações possíveis, consequentemente exponencia a imaginação.
O seu funcionamento associativo, ajuda a consolidar as ligações neuronais, estimulando o número de sinapses existentes no cérebro, fortalecendo as capacidades de raciocínio por afinidade. O hipertexto na sua leitura é um exemplo de raciocínio por afinidade.
Este produtos, não oficiais foram criados por um conjunto de aficionados, um hino a polivalência do produto, que dá uma machadada, na maioria dos brinquedos banais de "compra e brinca" imediato. O lego não é um brinquedo singular, é o conjunto discricionário de brinquedos em que o número se referencia à imaginação e engenho do indivíduo a que se destina. Aqui não há cartuchos e comandos PS4 a vibrar, não há injeções de pixels a-não-sei-quantos-frames-por-segundo, existe sim o prazer do engendrar, para destruir ou fazer de novo.
People have been building playable musical instruments from Lego for some time. Henry Lim’s Lego Harpsichord and Brad’s Lego Guitar have been written about many times, but they’re only the start:
Robotic Glockenspiel Player: XILO is a slightly frightening-looking device which uses the Lego camera to watch the player and transfer his or her movements into real-time Glockenspiel playing: “With just a little practice, you can make XILO create beautiful music!”Lego Dulcimer (pictured above): What is it with medieval instruments and Lego? Mountain Dulcimer enthusiast Peter Always built himself a bright yellow dulcimer with properly-spaced frets made of little grey tiles.Lego MIDI Guitar: The ‘Lifelong Kindergarten’ group at MIT developed this lego-based system. The idea was that children could use special Lego components to build their own experimental instruments, which would work as MIDI controllers.Robotic Ukulele Players: Mike and Jarvis’ reggae-playing Ukulele robots were widely reported earlier this year,
but they weren’t the real pioneers. Bryant and Amelia got there in 2003, although theirs didn’t play reggae.Singing Lego Blocks: The Lego Mindstorms RCX block (the brain of the system) has a built in speaker, and this page explains in eye-watering detail how to make music with it. Remarkably, there doesn’t seem to be a MIDI interface yet…

terça-feira, 10 de maio de 2005

Beer Fountain!

Image hosted by Photobucket.com

segunda-feira, 9 de maio de 2005

A Era Do Vazio

O cigano foi-se confessar; mas o padre, precavido, começou por interrogá-lo sobre os mandamentos de Deus. Ao que o cigano respondeu: «Olhe, senhor padre, eu ia aprender isso, mas depois ouvi um zum-zum de que tinha perdido o valor». (...) Todo o mundo – nações, indivíduos – está desmoralizado. Durante uma temporada, esta desmoralização diverte e até vagamente ilude. Os inferiores pensam que lhes tiraram um peso de cima. Os decálogos conservam do tempo em que eram inscritos sobre pedra ou bronze o seu carácter de pesadume. A etimologia de mandar significa carregar, pôr em alguém algo nas mãos. Quem manda é, sem remissão, quem tem o encargo. Os inferiores do mundo inteiro já estão fartos de que os encarreguem e sobrecarreguem, e aproveitam com ar festivo este tempo de pesados imperativos. Mas a festa dura pouco. Sem mandamentos que nos obriguem a viver de um certo modo, fica a nossa vida em pura disponibilidade. Esta é a horrível situação íntima em que se encontram já as melhores juventudes do mundo. De puro sentir-se livres, isentas de entraves, sentem-se vazias. Uma vida em disponibilidade é maior negação que a morte. Porque viver é ter que fazer algo determinado – é cumprir um encargo –, e na medida em que iludamos pôr em algo a nossa existência, desocupamos a nossa vida. Dentro em pouco ouvir-se-á um grito formidável em todo o planeta, que subirá, como uivo de cães inumeráveis, até as estrelas, pedindo alguém e algo que mande, que imponha um afazer ou obrigação.
Ortega y Gasset, in A Rebelião das Massas

Complexidade-Efémero-Não Perene

Image hosted by Photobucket.com

Ligando as Teorias de Edgar Morin, aos contributos de Rem Kolhaas para a compreensão da cidade actual, na sua não perenidade, temos como produto este magnífico texto, citado daqui.

Desconstruindo Koolhaas - parte 1: P. MP.M. [pouco, muito pouco, mínimo]
Clarissa Moreira

“Estamos todos em perigo”
Pier Paolo Pasolini

Quando Le Corbusier veio ao Brasil (1), encontrou terreno fértil: jovens arquitetos brasileiros apaixonados pela idéia da modernidade e pela possibilidade de propor uma Nova Arquitetura (2). Encontrou um país fascinado pela perspectiva do desenvolvimento e do progresso.

Mais de sessenta anos depois, receberemos uma outra visita, a de Rem Koolhaas, arquiteto de origem holandesa, recente vencedor do prêmio Pritzker em 2001, o Nobel da arquitetura. Na indicação para o prêmio, Koolhaas é apontado como um dos construtores do século 21, segundo reportagem de primeira página da Folha de São Paulo, suplemento Folha Ilustrada, de 6 de março de 2002.

E por que Le Corbusier e Koolhaas ?

Le Corbusier representava uma aspiração a uma nova condição cheia de promessas e de possibilidades para a vida urbana, cujo naufrágio o próprio Le Corbusier delegou às gerações que o sucederam (3), que supostamente saberiam lidar com os recém-nascidos Frankensteins: mutantes urbanos que se reproduziram incessantemente, em maior escala em países africanos e asiáticos, gerando fenômenos urbanos atuais como Lagos ou Pearl River Delta, estudados entusiasticamente por Rem Koolhaas. Ocorreram também na América Latina, como no exemplo de São Paulo, onde os processos tiveram intensidades próprias e características particulares.

Ao buscar nestes casos o genérico, Rem Koolhaas reabilita a fórmula corbusiana, moderna, de reduzir os acontecimentos a uma matriz única. O que não é acaso. Tanto quanto há um século atrás, trata-se de uma estratégia, seja de expansão ou de criação de domínios. Fatos como a reapropriação (4) de Roma, através do Projeto Mutations coordenado por Koolhaas, nos deve alertar para a importância do modelo adotado e o seu papel na construção do pensamento e seus efeitos na cidade, tanto diretos quanto colaterais.

Le Corbusier, ao tomar Roma como exemplo, explicitando que se refere à Roma antiga (5), desenvolve uma análise de seus fundamentos urbanos. Para Corbusier, o que possibilitou a construção da Roma antiga foi a unidade operacional, um objetivo claro em vista, e a classificação em várias partes, seu objetivo sendo a conquista e o governo do mundo, a dominação e a organização de um império romano. De forma um pouco mais sarcástica, vemos em Mutations um tipo de Sim City (6) para construção da cidade genérica, baseado novamente em Roma antiga.

Some-se a redescoberta da tábula rasa:

“A noção de cidade passou por uma mudança radical no final do século 20. Após Aldo Rossi, somos incapazes de imaginar que uma cidade possa existir sem história. Mas hoje existe uma vasta porção da humanidade para quem viver sem história não coloca nenhuma questão em especial. Poderíamos ir mais além: viver sem história é uma aventura apaixonante para eles. Esta observação deveria nos levar a revisar um certo número de dogmas ou teorias de arquitetura e urbanismo e, talvez, reexaminar a validade (ou não) de um dos mecanismos mais importantes do século 20: tabula rasa, a idéia de começar do zero, sem a qual os arquitetos modernos dos anos 20, como Le Corbusier, acreditavam que nada era possível. Uma posição como essa claramente demonstra um extremo otimismo, um otimismo que a década seguinte demoliu completamente. Mas talvez precisemos retomar o uso da tábula rasa – talvez tenhamos que ser mais seletivos em nossas estratégias de urbanização, em vez de permanecer ansiosos conservadores incapazes de especular em termos do novo” (7).

E com estes conceitos e estratégias, estão revalidadas e tornadas avant garde as idéias de nossos avós modernistas.

No Brasil, já vimos tudo isso. Vivemos o resultado destes processos.

Surge, pois, a questão:

O que Koolhaas poderá aprender com São Paulo? O que Koolhaas poderá aprender com o Brasil? E o que podemos aprender com Koolhaas?

Antes de mais nada, é preciso lembrar o Manifesto Antropófago, que os modernistas brasileiros formularam na década de 20, quando vários estrangeiros por aqui circulavam (8), e em momentos como esse vê-se sua importância renovada:

Propomos devorar Koolhaas, num processo de desconstrução-digestão-gestação.

De imediato, recoloca-se a possibilidade de estranhamento e perplexidade ao defrontar-nos com a condição urbana contemporânea… Não a considerarmos sem possibilidades, um erro do passado, um deslize, um mal. Nem bem, nem mal: ela é.

Assim, vemos renovar-se a oportunidade de deixarmos de nos espelhar eternamente em Roma, Paris, Barcelona e demais vitrines européias e iniciar um processo de autodescoberta baseado em um olhar interessado no espantoso, no absurdo, no caótico, no incontrolável.

Todavia, não poderemos, nesse processo, desprezar o fato de que os mutantes urbanos vão de mal a pior. Isso é razão suficiente para não nos apressarmos em iniciar a apologia do modus operandi reprodutor do genérico ou defender a adesão do pensamento urbano às estratégias reinantes de produção de cidade.

Como a condição urbana, em geral, foge ao controle, alguns temores têm sido amenizados com bolhas de alta segurança, com grades, câmaras de vigilância, lugares ¨públicos¨ condicionados: vida urbana sob 24 horas de monitoramento. Todos estão apavorados com Frankenstein e se protegem, escondem ou correm. E ao fazê-lo, o tornam sempre maior e mais desgovernado. Não há escapatória a não ser o enfrentamento já que não abandonamos o projeto de vida urbana.

E é aí que entram os jovens arquitetos brasileiros do século 21 e quem mais desejar, que provavelmente já não acreditam tão facilmente em panacéias, em revoluções… Muito lamentavelmente, tudo anda um tanto desacreditado.

O que esses jovens arquitetos brasileiros podem produzir a partir desta confrontação ou deste encontro?

Alguns desafios:

– Perceber a condição urbana em sua complexidade, o que possivelmente é das grandes contribuições de Rem Koolhaas a seu tempo – sua eficiente e muitas vezes brilhante percepção da contemporaneidade.

– Ir além das reduções da lógica humana imperfeita, do i-racionalismo e das velhas oposições passado-futuro, preservação-destruição, específico – genérico: cansaço da vida entre a tábula rasa e a conservação museológica…

“Nisso há desconfiança frente às idéias modernas, há descrença de tudo o que foi construído ontem e hoje; há, talvez, mesclado com isso, um leve desgosto e desdém que não mais suporta o bri-à-brac de conceitos das mais diversas procedências (…) Nisso me parece que devemos dar razão aos atuais céticos anti-realistas e microscopistas do conhecimento: o instinto que os leva a se afastar da realidade moderna não está refutado – que nos interessam suas vias retrógradas e tortuosas! O essencial neles não é que desejem ir para trás, mas que desejem ir embora. Um pouco mais de força, impulso, ânimo, senso artístico: e desejariam ir para além – não para trás” (9).

– Abordar a condição urbana em sua complexidade, sabendo que ela não tem um prazo de validade ou uma data de fabricação. Reinventar modos de resistência à negação da vida urbana, já que nada está predestinado: começou há milênios, pode acabar amanhã, daqui a cem anos, nunca… são parte da condição urbana contemporânea o edifício de apartamentos, a via expressa, a loja de grife, as esquinas, a rua, o shopping, a feira-livre, o mercedes-benz, o mendigo, o aeroporto, a favela, o casario… tudo o que se chama passado e é presente, e o futuro, em nome do que já se cometeu enormes equívocos e que está fora da nossa ânsia controladora.

– Nosso tempo é agora, nessas cidades, com essa multiplicidade de possibilidades, oscilantes, contraditórias, que nos desafiam a cada momento a criar a partir delas. Criações, invenções, idéias que renovem os ânimos: “para enviar ao porvir um dardo que atravesse as eras…” (10).

Diante da condição urbana, sempre mutável, sempre a ser descoberta, nos subterrâneos do mundo em que vivemos, devemos andar com nossas próprias lanternas.

Estamos todos em constante perigo e essa é toda a riqueza da condição urbana: lançar-nos ao mar tempestuoso, instados a recriar formas de navegação.

A Individualidade

Por mais que procure a verdade nas massas, não a encontro, só nos indivíduos.
Eugène Delacroix

Modismos e questões Fashion

FADS, fashions and dramatic shifts in public opinion all appear to follow a physical law: one of the laws of magnetism.Quentin Michard of the School of Industrial Physics and Chemistry in Paris and Jean-Philippe Bouchaud of the Atomic Energy Commission in Saclay, France, were trying to explain three social trends: plummeting European birth rates in the late 20th century, the rapid adoption of cellphones in Europe in the 1990s and the way people clapping at a concert suddenly stop doing so. In each case, they theorised, individuals not only have their own preferences, but also tend to imitate others. "Imitation is deeply rooted in biology as a survival strategy," says Bouchaud. In particular, people frequently copy others who they think know something they don't.

Aqui

domingo, 8 de maio de 2005

A Necessidade da Arte

...Art is much less important than life, but what a poor life without it ... Every man becomes, to a certain degree, what the people he generally converses with are ... If you can't find your inspiration by walking around the block one time, go around two blocks-but never three ... It may be that the deep necessity of art is the examination of self-deception ... It's not that the creative act and the critical act are simultaneous. It's more like you blurt something out and then analyze it ... Most painting in the European tradition was painting the mask. Modern art rejected all that. Our subject matter was the person behind the mask ... Walk on a rainbow trail; walk on a trail of song, and all about you will be beauty. There is a way out of every dark mist, over a rainbow trail ... Wherever art appears, life disappears ...

Gamado do Muito Cá De Casa...

Charles Ennis House-Blade Runner

Image hosted by Photobucket.com

Interessante verificar que uma casa feita, muito antes da morte do Frank Lloyd Wright, tenha sido usada no magistral filme Blade Runner de Ridley Scott, como um avatar da Modernidade, num filme dos findos anos 80, que povoa o imaginário da ficção científica, de vários indivíduos, principalmente os nascidos na década 70. A asserção anterior, adianta a prova cabal da intemporalidade do edifício; antecipou uma época. As imagens transpostas para filme, são essencialmente do interior, numa primeira aparição, no teste da Retina para descortinar os chamados Replicants, em casa do seu próprio Inventor; God Of Biomechanics e por último, na fuga final perante o último Replicant.
Foi uma, das mais esplendorosas abordagens no cinema, sobre o tema que versa a revolta das criações contra os seus próprios Deuses, que desejam assassinados, leit motiv Nietzschiano, entre o homem e as suas criações, à sua imagem, as máquinas.
The Charles Ennis House by Frank Lloyd Wright is on the brink of ruin. After many years of gradual disintegration, the textured concrete blocks and stepped walls have been ravaged by rainstorms. The house was a highlight of Frank Lloyd Wright's career and it has been featured in many movies, including Blade Runner. Now, America's National Trust is calling the house one of the world's most endangered sites - a distinction that is awarded to such places as the ancient Great Wall of China.
Ver Aqui

sábado, 7 de maio de 2005

Conjecturas Académicas

Image hosted by Photobucket.com

Estudos para uma impossível Ópera para a zona do Martin Moniz, elaborado durante as aulas de Sociologia Urbana, enquanto reparávamos nos estudos do Suicídio protagonizados por Émile Durkheim.
A ideia central de Durkheim é que as taxas de suicídio exprimem numericamente, de maneira extremamente sensível, as formas de coesão social e a intensidade da integração social... o suicídio anímico provém de um desregramento da vida social, e da desorientação e sofrimento que isso provoca nas pessoas.
Émile Durkheim, O Suicídio. Estudo Sociológico

O Suicídio, como aferência da coesão da sociedade, felizmente, vou ser Arquitecto (?).

quinta-feira, 5 de maio de 2005

Frank Lloyd Wright Trivia

Importa ver este artigo no Obvius

Agorofobia

Image hosted by Photobucket.com

quarta-feira, 4 de maio de 2005

Mezzanine

Os anos 90, foram por excelência o paraíso da música Urbano/Depressiva, não por que tal categoria seja inexistente nos anos precedentes, mas antes porque nunca na história da Música, de forma tão clara, alternativa e patente, um dado estilo musical fora a imagem de uma década, numa corrente Musical; o Trip-Hop.

Massive Attack, Portishead e Tricky... imiscuíram as influências do Hip Hop puro, em ritmos destituídos de gravidade, com os baixos patentes e por fim, adicionaram as dimensões das vozes femininas, sem a métrica da rima Hip Hop, que tornou o Trip Hop não só acessível, mas consumido em massa.
Mezzanine, dos Massive Attack, é um álbum pós-efervescência Trip-Hop, editado em 1998, que colocou novas balizas, ligando de forma alternativa o grupo à electrónica dançante e à perfeição técnica sobre a forma de música.
It all begins with a stunning one-two-three-four punch: "Angel," "Risingson," "Teardrop," and "Inertia Creeps." Augmenting their samples and keyboards with a studio band, Massive Attack open with "Angel," a stark production featuring pointed beats and a distorted bass line that frames the vocal (by group regular Horace Andy) and a two-minute flame-out with raging guitars. "Risingson" is a dense, dark feature for Massive Attack themselves (on production as well as vocals), with a kitchen sink's worth of dubby effects and reverb. "Teardrop" introduces another genius collaboration -- with Elizabeth Fraser from Cocteau Twins -- from a production unit with a knack for recruiting gifted performers.
..."Inertia Creeps" could well be the highlight, another feature for just the core threesome. With eerie atmospherics, fuzz-tone guitars, and a wealth of effects, the song could well be the best production from the best team of producers the electronic world had ever seen.

As músicas, de tão únicas, escamoteavam de forma invulgar as suas influências; samples, linhas de baixo distorcidas, eletrónica minimal de inexorável perfeição e uma panóplia de vozes, orquestravam em simultâneo com um ambiente negativista, subtraído de luz e beats tensos.
Mezzanine é tão somente a único álbum, que define o melhor do Trip-Hop, essencial em qualquer lista dos 90´s... e vindo esta opinião de um rocker de eleição, a mesma não pode oferecer mais sintomas de isenção.

Image hosted by Photobucket.com

A Vontade de Poder

Toda a arte e toda a filosofia podem ser consideradas como remédios da vida, ajudantes do seu crescimento ou bálsamo dos combates: postulam sempre sofrimento e sofredores

Nietzsche, in A Vontade de Poder

terça-feira, 3 de maio de 2005

Mourinho Perdeu!

Image hosted by Photobucket.com Sim, ele hoje, está mais pequeno!

segunda-feira, 2 de maio de 2005

Belas Peças Que Eu Cobiço

Image hosted by Photobucket.com

Na foto da esquerda, temos uma descendente da conhecida lefty, da cannondale, embora esta seja desenvolvida pela USE, marca Inglesa que já desenvolve esta magnífica suspensão à alguns anos. Nas ordinárias suspensões perde-se logo 20% do curso com o assentamento do ciclista na Bike, com esta suspensão o "sag" (designação dada ao afundamento da suspensão com o ciclista na bicicleta em repouso) é eliminado, assim como a compressão que resulta da travagem e de outras ações não dependentes do relevo onde a bicicleta trilha. Os Britânicos chamam a esta peça de Engenharia S.U.B.-Stability Under Breaking, já que todo o curso da suspensão se mantém disponível para lidar com obstáculos evitando os conhecidos OTB (Over The Bar) ou, em PT, capotanços por indisponibilidade de curso.
A direita, um passo em frente, para a Cannondale, a nova Bicicleta de DownHill do Cedric Gracia, advinha-se que o modelo irá receber o nome do conhecido ciclista, à semelhança do Aaron Chase.

domingo, 1 de maio de 2005

O Sábio de Platão

Quem faz depender de si mesmo, se não tudo, quase tudo o que contribui para a sua felicidade, e não se prende a outra pessoa, nem se modifica de acordo com o bom ou o mau êxito da sua conduta, está, de facto, preparado para a vida; é sábio, na verdadeira acepção do termo, corajoso e temperante.

Platão, in Menexeno

Siza + Souto Moura = Serpentine Gallery

Image hosted by Photobucket.com

Mais uma colaboração, para celebrar a dual relação Mestre/Aprendiz, embora muitos irão asseverar, que o Siza já não seja o indigitado para a posição de Mestre? Não gosto do projecto, mas estou a reduzi-lo à questão estética, porque reconheço alguma afinidade ao lugar, tem qualquer coisa de Tenda Medieval e o uso de madeira na estrutura, dá sentido de pertença ao pequeno desafogo campestre onde está inserido, o aspecto Tenda é superficial, neste caso a construção é perene e bem ancorada ao lugar.

The Serpentine Gallery Pavilion 2005 will be designed by the celebrated Portuguese Pritzker Prize-winning architect Álvaro Siza and the distinguished architect Eduardo Souto
de Moura. As in past years Cecil Balmond, Deputy Chairman of Arup, will be closely involved with the design of the scheme together with his team. Opening this summer, it will replace the previously announced Pavilion designed by Dutch practice MVRDV with Arup, which requires further development.

The Pavilion has been described by Siza as resembling a restless creature like an animal whose legs are firmly attached to the ground, but whose body is tense from hunger with an arched back and taut skin. With its head lowered and limbs locked, it remains rooted to the spot, but poised for movement - almost as if the Serpentine itself might be consumed.

In a series of interlocking timber trusses, a curvaceous form undulates across the lawn. A semi-translucent material covers the primary wooden grid like an animal's hide, creating an impermeable shell that stops 1.3 metres from the ground, giving the impression that the structure is hovering above the lawn. A rectangular floor area, made of a carpet of grey brick, will serve as a linear counterpoint to the curvature of the main structure.

Each panel of translucent cladding has at its centre an electrical lamp that operates night and day creating small pinpricks of light that provide a circular contrast to the overall grid of the Pavilion.

Siza and Souto de Moura will also design furniture for the interior of the Pavilion that serves as a café by day and a forum for learning, debate and entertainment at night.

The Serpentine Gallery Pavilion is the only architectural programme of its kind in the world. Since the commission was launched in 2000, it has resulted in four landmark temporary structures. The architects - Oscar Niemeyer, 2003; Toyo Ito with Arup, 2002; Daniel Libeskind with Arup, 2001; and Zaha Hadid, 2000 - were chosen because of the way in which they consistently push the boundaries of architectural practice. At the time of their invitation, none had completed a structure in the UK.

For the second year running, the Serpentine Gallery Pavilion will be supported by Eurex, the world's largest futures and options exchange. Rudolf Ferscha, Chief Executive Officer of Eurex said: We are delighted to be associated with one of London's finest and most accessible modern and contemporary art galleries and the Serpentine Gallery Pavilion offers us a fantastic opportunity to interact with our London-based customers and the community at large. Eurex stands for open and equal access to financial markets. We connect people across borders and, in this spirit, we support this exciting project.

Finnforest Merk is Europe's leading supplier in engineered timber products and construction solutions. With a strong commitment to the environment and sustainability the engineered timber, Kerto (LVL), used in this year's Pavilion will have been sourced from their own fully certified sustainable managed forests. Warren Dudding, UK Marketing Manager, Finnforest Merk said: Finnforest Merk is proud to be able to contribute towards this year's project and play its part in delivering yet another landmark Pavilion for the Serpentine.
in serpentinegallery.org