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domingo, 29 de maio de 2005

Detesto o 1º Álbum de White Stripes

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Porquê? Porque não nasci no fim dos anos 70, nem acredito que o rock se recicla ciclicamente, com resultados de inabalável repetição num reiterado desejo de retro-rock, em que o passado é revisitado sem novas roupagens. Claro que há pessoas que calcorreiam estantes da Fnac no desejo de comprar um número mínimo de álbuns por mês/semana, numa de "isto são as tendências, há que estar up-to-date por mais irrelevantes que sejam".
Aqui aprofunda-se a questão:
MAYBE it's time to retire the term "retro-rock." Not because it doesn't fit but because it fits too much too well - it's becoming redundant. These days, rock tends to be retro by default, whether on the pop charts or on MP3 blogs. The million-selling Las Vegas band the Killers became a mainstream sensation by reviving the sound of 1980's new wave, while the beloved Scottish cult band Bloc Party became an underground sensation by . . . well, by reviving a different strand of 1980's new wave. From Gap commercials (where you can find the 18-year-old Joss Stone belting out the half-century-old "Night Time Is the Right Time") to indie record shops, rock 'n' roll nostalgia is everywhere. A young listener might well wonder what other kind of rock 'n' roll there is, and an older one might find that a surprisingly difficult question to answer.

Only a few years ago, it was a mild shock to hear so many young bands sounding so old-fashioned. In 2001, when the Strokes released their galvanizing debut album, the garage-rock boom seemed like a sharp (and sometimes shrill) reaction to a mutating musical world. The Strokes' retro juggernaut was a strike against turntables and keyboards, rap-rock and electronica. And if the band sounded a bit like their favorite late-1970's punk forebears, that was part of the point: they were digging in their heels.

5 Comments:

Blogger Captain Hawk disse...

Essa visão de historicismo obsessivo da música não faz sentido nenhum...

Aliás, dizes que não gostas do primeiro disco dos White Stripes por não teres nascido nos anos 70, o que, só por si, é uma observação tão pateta quanto esta vintage fever que tanto te propões criticar....


Mais, se não gostas da música dos anos 70 (pelo que se percebe), então o disco deveria soar aos teus ouvidos como um produto tão fresco como todos os gêneros que dizes gostar... isto é... Não te interessas pelo rock antigo... então este rock antigo novo será algo de fresco para ti, algo que possivelmente estranhes mas que poderá, eventualmente, satisfazer o teu gosto...



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O que eu quero dizer é que a música (por muito que eu goste de dizer que sim) não é uma t-shirt amarela.. não é (só) feita de modas e sandálias... Desta forma, os anos 70/80, que estão agora em voga, sempre fizeram sentido... tu é que pareces só ter reparado neles agora...

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De facto, há que estar "up-to-date" (como tu dizes)... e as tendências são algo que se deve ter em conta...

e essa tendência anti-fnac está francamente passada...


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Concluindo, em jeito de P.S., os White Stripes (com os seus quatro discos.. qual seria o "primeiro" a que te referias?)são francamente bons, os Bloc Party uma promessa "de interesse", os Killers giros de cantarolar numa ida para a Escola, e a Joss Stone uma pateta...

31/5/05 19:07  
Blogger Ricardo Dias disse...

"Mais, se não gostas da música dos anos 70 (pelo que se percebe), então o disco deveria soar aos teus ouvidos como um produto tão fresco como todos os gêneros que dizes gostar..."

esta tua lógica é de ouvidos moucos! há quém respire a modernidade e percebe o que que lhe deu base, depois há outros por qualquer necessidade de purismo que sinceramente n me interessa pelo cheiro a velho e usado, usam como leit motiv a tal citada Vintage Fever, não de à 10 anos atrás, mas de 20 ou +, depois de pisado, ouvido e reciclado por músicos posteriores...e sim...White Stripes é Genial, para quém tem menos de um lustro de vida e ganhou a audição quando tinha 20 anos...só assim alguém é capaz de ouvir aquilo sem vomitar algodão denso pelos ouvidos!

mas pronto, admito que isto é uma discussão que entroniza o gosto! e assim será ad eternum!

e depois s notas nos cds como esta:

"no computers were used during the writing, recording, mixing or mastering of this record."

estás a ver, a banalidade, faz lembrar por proximidade temporal as notas dos albuns de RATM, banal, banal, banal, chato, visto e revisto...para ouvir durante a telenovela e pouco mais.

31/5/05 20:26  
Blogger Captain Hawk disse...

Bem, Ricardo, essa tua procura incessante pelo "novo" conduz apenas ao esgotamento e à epilépsia...

Eu já disse que "sim"... a tendência "vintage fever" (por muito que eu a siga, ou não) não tem grande sentido... Mas depois, se fores ver, esse teu objecto de crítica (os odiados W Stripes) estão até bastante imúnes a essas tuas farpas....

Ora vejamos, o casal gosta de rock n' roll, minimal, cru, chamem-lhe o que quiserem... Desta forma, o Jack pegou na sua guitarra, a Meg no seu tambor, ambos no seu chapéu... e foram para a rua tocar.

Não percebo porque é que isto não é tão, ou mais, válido que o Jack a pegar no seu Mac, a Meg no seu Korg Beatmaster 3007K, e ambos nos seus escudos plasma de protecção solar....

Da mesma forma, os discos, feitos assim à mão levantada ficam bem como são, e são bastante coerentes com a maneira como os dois se identificam ao mundo

...podes dizer que é uma questão de gosto... Há quem use calças vermelhas... Há. Mas também só repara quem está demasiado preocupado na classificação e arrumo constante....

A história do gosto não assumo mesmo...Como tu disseste, não importa o meio... e, de facto, não importa. O que importa é o objecto, honesto, sincero, humano, expositivo, artístico...

Agora, se os Television, os New York Dolls, os MC5, o Captain Beafheart, os Can, os Liquid Liquid, os Sonic Youth, a Grace Jones, os Joy Division, os Velvet Underground, os Beatles, os Beach Boys, os Rolling Stones, os NEU!, os Kraftwerk, os Massive Attack (pronto!), os Clash, o Buddy Holly, o Muddy Waters, o Lee Perry, o Brian Eno, os Residents, o Ennio Morriconne, o Giorgio Moroder, o Gang Of Four, o Prince, os Duran Duran, os Public Enemy, os Modern Lovers, os Sonics, os....(!), já o fizeram antes... bem, isso não me interessa...

Da mesma forma que uma música não sobrevive meramente à base do "pastiche", esta não sobrevive a mote de "inovação"....

Acho que onde tu afirmas "originalidade", deveria estar honestidade e responsabilidade artísitica... Isso sim é uma boa base de criação...

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(um aparte... nunca se deve dizer "cd", mas antes disco... chamem-me purista!)

31/5/05 21:54  
Blogger Ricardo Dias disse...

olha um belo exemplo..."Joy Division"..e depois "new order" sem o suicidado vocalista...(embora prefira joy division a new order)!!!

31/5/05 22:42  
Blogger archibaldo disse...

Eu de música não falo nem escrevo, nem sequer ouço...


Agora quando falam em originalidade lembro-me sempre do Gaudi:

"A originalidade consiste em voltar à origem"

1/6/05 20:34  

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